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Mostrando postagens de novembro, 2024

Os erros inatos do metabolismo e a genética

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Os erros inatos do metabolismo (EIMs) são um grupo de distúrbios genéticos raros, causados por defeitos em enzimas ou proteínas envolvidas no processo metabólico. Essas condições são hereditárias e geralmente resultam em uma incapacidade do organismo de quebrar ou processar certos nutrientes ou substâncias de maneira adequada. Como resultado, essas substâncias podem se acumular no organismo, levando a sérios danos aos tecidos e órgãos, ou o corpo pode não ser capaz de produzir compostos essenciais para a saúde. Esses distúrbios têm uma forte base genética e são geralmente autossômicos recessivos , o que significa que a pessoa precisa herdar dois alelos defeituosos (um de cada progenitor) para manifestar o distúrbio. Alguns erros inatos do metabolismo também podem ser autossômicos dominantes ou ligados ao cromossomo X , mas os mais comuns são autossômicos recessivos. Como os Erros Inatos do Metabolismo estão Relacionados à Genética Genética dos EIMs Os erros inatos do metabolismo sã

* Aberrações cromossômicas estruturais

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  Aberrações cromossômicas estruturais referem-se a alterações na estrutura dos cromossomos, em vez de mudanças no número de cromossomos (como ocorre nas aneuploidias). Essas alterações podem ocorrer quando há quebras ou rearranjos no material genético dos cromossomos, resultando em rearranjos estruturais. As aberrações estruturais podem afetar a função dos genes, podendo causar doenças genéticas, anomalias no desenvolvimento ou até mesmo câncer. Tipos de Aberrações Cromossômicas Estruturais As aberrações cromossômicas estruturais podem ser classificadas em diferentes tipos, dependendo de como o cromossomo foi alterado. Os principais tipos incluem deletação , duplicação , inversão , translocação , e inserção . 1. Deleção (ou Deficiência) A deleção ocorre quando uma parte do cromossomo é perdida ou removida . Isso pode afetar vários genes e geralmente resulta em sérios problemas de saúde, dependendo de qual parte do cromossomo foi perdida. Exemplo : Síndrome de Cri-du-chat (Síndrom

Aneuploidias autossômicas

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  Aneuploidias autossômicas são alterações no número de cromossomos não sexuais (os cromossomos autossômicos ) que ocorrem devido a falhas na separação dos cromossomos durante a divisão celular, seja na mitose (divisão celular comum) ou na meiose (divisão celular que resulta em gametas, como espermatozoides e óvulos). Essas anomalias podem resultar em uma excessiva ou insuficiente quantidade de cromossomos autossômicos, o que pode levar a doenças genéticas e condições clínicas associadas. As aneuploidias autossômicas mais comuns envolvem a presença de cromossomos extras ( trissomia ) ou a falta de cromossomos ( monossomia ). Tipos de Aneuploidias Autossômicas Comuns Trissomia 21 – Síndrome de Down Causa : A trissomia 21 ocorre quando há uma cópia extra do cromossomo 21. Em vez de ter dois cromossomos 21 (um de cada progenitor), a pessoa possui três cromossomos 21, resultando em um total de 47 cromossomos em vez dos 46 normais. Características : Intelecto : A maioria dos indivídu

Aneuploidias dos cromossomos sexuais

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  Aneuploidias dos cromossomos sexuais referem-se a condições em que há um número anormal de cromossomos sexuais em uma pessoa. Em vez de ter o número típico de cromossomos sexuais (XX para mulheres e XY para homens), há uma alteração, como a presença de cromossomos sexuais extras ou a falta de algum cromossomo sexual. As aneuploidias dos cromossomos sexuais são frequentemente menos graves do que as aneuploidias dos cromossomos autossômicos (os cromossomos não sexuais), mas podem levar a diversas condições genéticas com uma variedade de sintomas. Tipos Comuns de Aneuploidias dos Cromossomos Sexuais Síndrome de Klinefelter (47, XXY) Causa : A síndrome de Klinefelter ocorre quando um homem tem um cromossomo X extra, resultando em um cariótipo 47, XXY. Ou seja, ao invés de um cromossomo sexual X e um Y (XY, como é normal nos homens), ele tem dois cromossomos X e um Y. Características : Infertilidade: os homens com essa síndrome geralmente não conseguem produzir esperma. Características

Aberrações cromossômicas

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  Aberrações cromossômicas são alterações na estrutura ou número dos cromossomos, que podem resultar em doenças ou condições genéticas. Essas mudanças podem ocorrer de várias formas e afetar a divisão celular, a herança genética e o desenvolvimento de um organismo. As aberrations podem ser numéricas ou estruturais , e ambas têm implicações importantes para a saúde e o desenvolvimento. Tipos de Aberrações Cromossômicas Aberrações numéricas : Ocorrem quando há alteração no número de cromossomos. Isso pode resultar de erros durante a meiose (processo de divisão celular que gera gametas). Os principais tipos incluem: Aneuploidia : Quando o número de cromossomos é diferente do normal, mas não é um múltiplo exato do número haploide. Os tipos mais comuns são: Trissomia : Ocorre quando há um cromossomo extra (três exemplares de um cromossomo específico). Exemplos incluem: Síndrome de Down (Trissomia 21): Uma cópia extra do cromossomo 21. Síndrome de Patau (Trissomia 13): Três cópias do cr

Pleiotropia

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  Pleiotropia é um fenômeno genético no qual um único gene influencia múltiplos traços ou características de um organismo. Em outras palavras, uma única mutação genética pode causar efeitos em diferentes órgãos ou sistemas do corpo, resultando em características aparentemente não relacionadas. Exemplos de Pleiotropia: Síndrome de Marfan : Essa síndrome é causada por uma mutação no gene FBN1 , responsável pela produção da fibrilina-1, uma proteína essencial para a integridade das fibras do tecido conjuntivo. A mutação desse único gene pode resultar em vários sintomas, como: Longas extremidades e dedos (aracnodactilia) Problemas cardíacos, como aneurismas na aorta Problemas oculares, como a luxação do cristalino Deformidades ósseas, como escoliose ou esterno em "peito de pombo" Anemia falciforme : A mutação no gene que codifica a hemoglobina (HBB) resulta em células sanguíneas com formato anormal. Além dos problemas típicos de anemia (falta de oxigênio nos tecidos), essa mutaç

Herança Quantitativa

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 A herança quantitativa refere-se à transmissão de características biológicas determinadas por múltiplos genes, em que a expressão fenotípica resulta de uma interação complexa entre esses genes e o ambiente. Esse tipo de herança é frequentemente associado a traços que variam de maneira contínua (ou seja, sem categorias claras), como altura, peso, cor da pele, entre outros. Características da Herança Quantitativa: Variação contínua : Ao contrário da herança mendeliana clássica, que envolve características discretas (como a cor das flores em Mendel), os traços quantitativos apresentam uma variação contínua de fenótipos. Por exemplo, a altura de uma planta pode variar de 30 cm a 200 cm, sem distinção abrupta entre as diferentes medidas. Poligênica : A herança quantitativa é geralmente controlada por vários genes, em vez de um único gene. Esses genes podem ter efeitos aditivos, ou seja, cada cópia do gene contribui de forma pequena e incremental para o fenótipo final. Efeito ambiental : E

Epistasia

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 A **epistasia** é um tipo de interação genética em que um gene interfere na expressão de outro gene não-alelo, ou seja, de um gene que está em um local (locus) diferente no genoma. O gene que exerce essa influência é chamado de **gene epistático**, enquanto o gene cuja expressão é mascarada ou modificada é o **gene hipostático**. Existem diferentes tipos de epistasia: - **Epistasia dominante**: Um alelo dominante de um gene epistático é suficiente para mascarar a expressão do gene hipostático.  - **Epistasia recessiva**: Dois alelos recessivos do gene epistático são necessários para mascarar o gene hipostático.    A epistasia é observada em várias características complexas e é um dos fatores que explica por que a herança de alguns traços não segue exatamente os padrões mendelianos clássicos. Ela contribui para a diversidade genética e para a complexidade dos fenótipos observados.

Interações de genes não-alelos

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 As **interações de genes não-alelos** ocorrem quando genes localizados em diferentes loci (locais) de um cromossomo ou em cromossomos diferentes influenciam conjuntamente uma mesma característica. Essas interações podem gerar fenótipos diferentes dos que seriam produzidos pelos genes individualmente, e são responsáveis pela diversidade de combinações e expressões genéticas em organismos. Existem vários tipos de interações entre genes não-alelos, sendo alguns exemplos: - **Epistasia**: Quando um gene (gene epistático) mascara ou modifica a expressão de outro gene não-alelo (gene hipostático). A epistasia pode ser dominante ou recessiva. - **Complementação**: Quando dois genes atuam juntos para expressar uma característica; a presença de pelo menos um alelo dominante em cada gene é necessária para que o fenótipo se manifeste. - **Poligenia**: Vários genes não-alelos contribuem para a expressão de uma única característica, como altura ou cor da pele.  Essas interações resultam em uma mai

Os arranjos "cis" e "trans" dos genes ligados

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 Os arranjos **"cis"** e **"trans"** referem-se à posição dos alelos de genes ligados em cromossomos homólogos. - No **arranjo cis** (ou configuração de acoplamento), os alelos dominantes de dois genes ligados estão localizados no mesmo cromossomo, enquanto os alelos recessivos estão juntos no cromossomo homólogo. Por exemplo, em um indivíduo com genes \(A\) e \(B\) ligados, o arranjo cis seria **AB/ab**. - No **arranjo trans** (ou configuração de repulsão), um alelo dominante de um gene está ligado a um alelo recessivo do outro gene no mesmo cromossomo. Neste caso, o indivíduo teria a configuração **Ab/aB**. Esses arranjos afetam a formação dos gametas e a frequência de combinações de características nos descendentes. No arranjo cis, as combinações parentais são mais frequentes, enquanto no arranjo trans há uma maior possibilidade de recombinação, resultando em uma mistura dos alelos.

Linkage

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  **Linkage**, ou **ligação gênica**, é o fenômeno em que genes localizados próximos uns dos outros no mesmo cromossomo tendem a ser herdados juntos, contrariando a segunda lei de Mendel, que prevê segregação independente dos genes. Isso ocorre porque genes muito próximos no mesmo cromossomo têm menor probabilidade de serem separados durante a **recombinação** na meiose. Quando os genes estão ligados, as combinações de características nos descendentes tendem a refletir as combinações encontradas nos pais, limitando a variabilidade genética esperada. Contudo, a **frequência de crossing-over** (troca de segmentos entre cromossomos homólogos) pode gerar novas combinações, especialmente se os genes não estiverem muito próximos.  Esse fenômeno ajuda a entender padrões de herança e é usado na **construção de mapas genéticos**, que indicam a posição de genes nos cromossomos com base na frequência de recombinação entre eles.

A relação da Meiose e 2ª Lei de Mendel

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  A **segunda lei de Mendel** (Lei da Segregação Independente) está diretamente relacionada ao processo de **meiose**, pois é durante esse processo de divisão celular que ocorre a separação dos cromossomos homólogos e, consequentemente, a segregação dos alelos. Na **meiose**, os cromossomos homólogos (um de cada par herdado do pai e da mãe) se alinham e se separam em diferentes células-filhas. Durante a formação dos gametas (óvulos e espermatozoides), os alelos dos genes em cromossomos diferentes se distribuem de forma independente. Esse processo de segregação independente possibilita que diferentes combinações de características genéticas possam surgir na próxima geração. Assim, a meiose explica como, ao unir dois genes em pares diferentes de cromossomos, um não interfere na transmissão do outro para os descendentes, gerando uma ampla **variação genética**, como previsto por Mendel.

2º lei de Mendel

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  A **Segunda Lei de Mendel**, também conhecida como a **Lei da Segregação Independente** ou **Lei da Segregação dos Fatores**, explica como as características são herdadas de forma independente umas das outras.  Gregor Mendel percebeu, ao estudar duas ou mais características ao mesmo tempo (por exemplo, cor e textura de sementes em ervilhas), que os genes responsáveis por diferentes características se separam de forma independente durante a formação dos gametas, ou seja, a transmissão de um gene não influencia a transmissão de outro gene. Essa lei é válida quando os genes estão em cromossomos diferentes (ou distantes no mesmo cromossomo) e podem, assim, combinar-se de várias formas nos gametas. Ela permite entender a **variabilidade genética** e como diferentes combinações de características podem surgir nos descendentes.